A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE DA ALMA

Por PrAlas Santos

Muito se fala a respeito da teologia da prosperidade, modalidade de crença na qual se ambiciona que Deus providencie abundância material aos seus eleitos. Concorrentemente, recebi do Espírito Santo a inspiração para escrever acerca da teologia da prosperidade da alma, que difere em muito quanto ao objeto a ser prosperado, mudando-se o foco dos bens materiais para os bens espirituais.

A grande indagação que se interpõe quando buscamos entender a teologia da prosperidade da alma é: Aonde devemos estar diante de Deus? Examinemos: “Mas, aquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o mesmo” (Fp 3.16). Agora, pergunto: Aonde chegamos? A resposta está em 1 Pe 2.5: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo”; significa que chegamos a ser Igreja de Cristo. Devemos, então, andar segundo a mesma regra, ou seja, pautados na Palavra de Deus; e sentirmos o mesmo; referenciados no Espírito Santo que habita em nós.

A futura Igreja de Cristo será constituída por todos aqueles que têm boa terra para sua edificação, à semelhança do que foi dito por Jesus: “E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro sessenta e outro cem” (Mc 4.8). A semente da PALAVRA caiu num coração que tinha terra boa para construção; germinou, matando o pecado; e produziu frutos, na razão daquilo que o Espírito Santo lhe possibilitou, qual seja: uns produziram trinta, outros sessenta e outros cem, cada um conforme a sua medida.
O contentamento do cristão reside na aceitação em relação àquilo com que foi dotado e pode produzir naturalmente. “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho” (Fp 4.11). Advém da satisfação com aquilo que possui, estabelecendo assim uma Igreja bem ajustada, edificada em Cristo, templo do Espírito Santo. “Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que
Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor; no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito” (Ef 2.19-22).

Devemos buscar a nossa instrução na Palavra de Deus e dali extrair o Seu entendimento (entendimento de Cristo), pois somente através da guia e direção do Espírito Santo é que seremos fortalecidos e não nos sentiremos sós. “Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Fp 4.12-13).

Cooperamos com os irmãos e a comunidade, apresentando culto racional e de avivamento acerca de nós mesmos, membros vivos de Cristo, tendo ciência das nossas potencialidades. “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1).

Nossa alegria deve estar em desempenhar com amor a função para a qual fomos destinados por Deus, nunca ambicionando mais do que aquilo que nos convém. “Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Rm 12.3). A humildade continua sendo o grande diferencial do cristão. “Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos” (Rm 12.16).

Finalizando, é importante que guardemos o que conquistamos até aqui. “Mas o que tendes, retende-o até que eu venha. E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações” (Ap 2.25-26). O que tendes, retende-o. Esse trecho refere-se a nós, Igreja de Deus. Precisamos reter em nós aquilo que conseguimos alcançar, aquilo que conquistamos espiritualmente. Até que eu venha. Até que Ele venha. Ele quem? Ora, o Verbo, Jesus, a Palavra Final, o Alfa e o Ômega... Ele voltará para buscar a sua Igreja, ou seja, NÓS! Você, eu, os irmãos convertidos e santificados no sangue do Cordeiro. Para nos dar poder sobre as nações. No
Espírito Santo, cheios Dele, para vencer em Cristo; e usar esse poder quando formos constituídos reis e rainhas, sacerdotes e sacerdotisas de Cristo, reinando com Ele por mil anos, conforme a Palavra; nós que tivermos parte na primeira ressurreição, pois assim está escrito: “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos” (Ap 20.6).

Assim, a teologia da prosperidade da alma diz respeito ao cuidado que devemos ter face à edificação do templo de Deus, nós mesmos, Igreja a ser resgatada no fim dos tempos por Cristo, para que possa reinar com Ele através do milênio. Assim seja, amém!
André Luiz Aparecido Canhos dos Santos (e.mail: projeto1restaurandovidas@gmail.com)é Pr. Missionário, Teólogo, Capelão e Escritor, Esposa Maria Regina Canhos Dos Santos, Escritora,Psicologa, Bacharel em Direito, Minha discipulada em Teologia.

Foto de PrAlas Santos.
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